O prefeito Cezar Schirmer decretou, na tarde de quarta-feira, situação de emergência em Santa Maria. Acompanhado dos coordenadores da defesa civil municipal e estadual, Adelar Vargas e tenente-coronel Martins, ele ainda pediu auxílio do exército na recuperação dos pontos mais críticos.
Depois de ter as casas atingidas pela chuvarada dos últimos dias, 60 famílias estão desalojadas em Santa Maria, ou seja, estão na casa de amigos ou familiares.
Esse é o caso de José Celestino Cavalheiro Junior, 28 anos, serviços gerais. Ele é morador do KM 3, mora com a mulher e sete crianças. Eles estão na residência de um vizinho porque a casa deles foi completamente invadida pela água. Móveis, eletrodomésticos, roupas e até mesmo a comida que tinham em casa foram perdidos:
Só deu para sair com a roupa do corpo.
Parte de ponte cede na Vila Renascença em Santa MariaNa vizinhança de José Celestino, outras pessoas tiveram a casa invadida. Segundo os moradores, em algumas residências, na madrugada de quinta-feira, a água chegou a passar de dois metros de altura. Eles moram na Rua Otacílio Silva, na beira dos trilhos, e se queixam que a tubulação não dá conta da água, que invade as casas da proximidade.
Os vizinhos têm se revezado para monitorar a situação, com medo de que a água suba novamente. Além disso, a turma do curso técnico em enfermagem de Paulo Henrique Veppo dos Santos, 20 anos, um dos moradores da rua, tem arrecadado alimentos para doar para as outras família.
A gente dorme acampado, nas lonas, para não ter que acordar de baixo da água conta Paulo Henrique.
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Além dos desalojados, outras 31 famílias estão desabrigadas, ou seja, instaladas provisoriamente em abrigos. Na Vila Cerro Azul, o centro comunitário abriga as irmãs Josiane e Jeane Rodrigues Silva, de 25 e 20 anos. Josiane tem dois filhos, Emanuely, sete meses, e Muriel, dois anos. E Jeane é mãe de Gustavo Gabriel, dois anos. Os cinco dividem o espaço com o vizinho Paulo Silva Folocking, pedreiro, 48 anos. Os vizinhos arrecadam desde fraldas, até comida, roupas, colchões e cobertas. Quem quiser ajudar pode entrar em contato pelo (55) 9134-0125.
A gente foi espiar a nossa casa, para ver se tinha sobrado alguma coisa, mas perdemos tudo conta Josiane.
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Paulo lembra que, quando a casa foi invadida pela água, só conseguiu salvar sua cachorra, chamada Suelen.
A água estava mais alta que a minha cintura. Só peguei a cachorra e saí abraçado com ela lembra o pedreiro.
Para ajudar:
A secretaria de Ação Comunitária tem recolhido doações para as famílias de Santa Maria. Quem quiser ajudar pode ligar para o telefone (55) 3921-7148 ou entregar na secretaria, que fica na Rua Dr. Pantaleão, 200. O local estará aberto no sábado das 9h às 17h. No portão de entrada da Base Aérea de Santa M"